sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Crioterapia e termoterapia? Aprenda quando usar gelo ou calor para amenizar lesões.

Frio e aquecimento são tratamentos baratos, com riscos mínimos. Muitos corredores deixam de fazê-los devido às dúvidas quanto ao uso de cada um


Existe muita confusão sobre quando usar gelo e quando usar calor para tratar lesões, o que é lamentável, pois gelo e aquecimento - crioterapia
e termoterapia respectivamente - são tratamentos que valem a pena e são baratos, com riscos mínimos. Porém muitos pacientes e atletas deixam de fazê-los devido às dúvidas. Podemos dizer, em resumo, que o gelo é para os ferimentos, traumas, lesões agudas e o calor é para os músculos, contraturas e, eventualmente, lesões crônicas.

QUANDO USAR O CALOR:

Utilizado para lesões crônicas.
Função: fazer vasodilatação, usado principalmente para os músculos. Ele ajuda a aliviar a dor de espasmos musculares, pontos de gatilho (espasmos localizados ou nós musculares) e o estresse psicológico (que pode ser um fator importante em muitos problemas de dor).


QUANDO USAR O GELO:

Utilizado para lesões agudas e pós-provas ou exercícios.
Função: fazer vasoconstricção nos tecidos danificados ou solicitados em excesso que estão inflamados, vermelhos, quentes e inchados (sinais flogísticos). O processo inflamatório é um processo saudável, normal, natural, mas, quando ocorre em grande quantidade, pode ser incrivelmente doloroso. Crioterapia é apenas uma forma mais leve, sem drogas, de controlar a dor da inflamação e prevenir que o processo inflamatório chegue de forma exagerada.


QUANDO NÃO USAR:
O calor pode piorar a inflamação, e o gelo pode piorar os espasmos musculares. Eles têm potencial para causar algum dano leve quando usados erroneamente ou por tempo prolongado. Ambos são inúteis quando utilizados de forma contrária à sua preferência. Por exemplo, gelo, quando já se sente contraturas.
Adicionar calor em um processo inflamatório, (quando o local já está quente) pode deixá-lo pior! Exemplo: aquecer um joelho recém-ferido pode inchá-lo mais, pois a circulação será aberta e mais sangue chegará ao local, gerando mais dor devido ao volume e células inflamatórias que ali estarão em grande quantidade.
O contrario também é verdadeiro: colocar gelo nas dores musculares pode piorar a contratura. O gelo pode agravar espasmos musculares e pontos de gatilho, frequentemente presentes em dores nas costas (lombalgia e cervicalgia). Essas dores, causadas por contrações e tensões, são facilmente confundidas com inflamação. O gelo faz os músculos se contraírem ainda mais, e os pontos de gatilho doem ainda mais agudamente.

Se a região lesionada de forma aguda for um músculo (estiramento, lesão parcial ou total) ou até mesmo uma queda ou qualquer trauma direto, o gelo está indicado, mas apenas para os primeiros dias (fase inflamatória) e apenas se for realmente uma lesão muscular verdadeira. A lesão muscular quase sempre envolve a dor severa, súbita e aguda. Se o músculo está lesionado, então use gelo para reduzir a inflamação. Quando o edema e a fase quente tiverem passado, mude para aquecimento, ou até mesmo faça a transição com o contraste.

Os blocos ou cubos de gelo e as almofadas de aquecimento ou água quente não são estudados na medicina com trabalhos de grande validade cientifica. Alguns estudos mostraram que ambos têm apenas benefícios leves, e são aproximadamente equivalentes em sua eficácia. Ou seja, são fatores mecânicos que favorecem o corpo abrindo ou fechando a circulação e interferindo na parte sensitiva de forma leve.

Estas são regrinhas básicas para a população geral, mas, se as dores persistirem, procure um médico.

Visto em:http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/2013/09/crioterapia-e-termoterapia-aprenda-quando-usar-gelo-ou-calor-apos-prova.html
Imagens: da internet.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Motivação diária.


Doenças cardiovasculares têm suas raízes na infância ou na adolescência

O “Dia Mundial do Coração” é lembrado no último domingo de setembro. Este ano, o enfoque visa a atingir crianças e adolescentes. Isso porque a aterosclerose, causa básica das doenças cardiovasculares, tem o início de seu desenvolvimento nesta fase, avançando ao longo dos anos e levando à morte prematura na vida adulta por suas complicações.

Segundo uma pesquisa do IBGE, 78% das crianças ficam mais do que duas horas por dia na frente da TV, e apenas 43% fazem mais do que 300 minutos de atividade física por semana. Criança com excesso de peso tende a ser adulto obeso e mais propenso a desenvolver diabete, hipertensão arterial, derrame (acidente vascular cerebral) e infarto do miocárdio, cada vez em idades mais jovens.

Dados oficiais da Sociedade Brasileira de Cardiologia informam que atualmente 54% dos homens e 48% das mulheres brasileiras estão acima do peso. Apenas 23% da população ingere a quantidade diária recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de cinco ou mais porções ao dia de frutas, verduras e legumes, enquanto 31,5% consomem carne gordurosa, e 26% tomam refrigerantes regularmente.

Embora a doença raramente se manifeste na infância ou adolescência, os fatores e comportamentos de risco que aceleram o desenvolvimento da aterosclerose iniciam-se nesta faixa etária. As ações para redução destes fatores podem retardar a progressão clínica da doença de forma significativa. Já se sabe que os mesmos fatores de risco que se relacionam à doença cardiovascular no adulto se mostraram também associados a lesões de aterosclerose em crianças e adultos jovens.

Os efeitos de múltiplos fatores de risco para aterosclerose das coronárias são encontrados já na faixa etária pediátrica. Assim, medidas de prevenção e intervenções precoces relacionadas aos fatores de risco modificáveis devem ser implantadas de forma forte e persistente. Elas são:

1- Evitar tabagismo ou sua iniciação;
2- Controlar o peso;
3- Incentivar a prática de atividades físicas e esportivas;
4- Dieta saudável e balanceada


Com isso, certamente poderemos retardar o desenvolvimento da doença aterosclerótica, uma vez que sua progressão depende não somente da presença dos fatores de risco, mas também da falta controle eficiente deles, expostos, muitas vezes, silenciosamente nos pacientes por longo do tempo.

Visto em:http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/2013/09/reducao-precoce-de-fatores-de-risco-pode-retardar-doenca-cardiovascular.htmlImagens: da internet.